quinta-feira, 19 de julho de 2007

Afinal a poluição sonora também mata...


Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) com dados de 2000 refere que na população da União Europeia o ruído foi responsável pela perda de 211 mil anos de vida, valor 40% superior às perdas da responsabilidade da poluição atmosférica (151 mil anos de vida).
Embora o estudo não contabilize o número de mortes atribuídas à poluição sonora, a Agência Lusa fez uma projecção que conclui que nesse ano teriam morrido prematuramente mais de 9 mil europeus devido ao excesso de ruído. Este estudo coloca Portugal como o terceiro país mais afectado pelo ruído na UE, com 27% da população atingida. Só a Holanda (34,7%) e a Itália (34%) estão numa situação pior. A hipertensão e os enfartes de miocárdio são as principais complicações de saúde, relacionadas com o excesso de poluição sonora, que conduzem a esta mortalidade prematura e à perda de anos de vida. Mais uma vez o tráfego automóvel está na origem de um dos mais graves problemas ambientais com fortes impactes negativos na saúde pública. Para além da poluição atmosférica, o excesso de automóveis nas nossas cidades é também responsável por um outro factor de degradação da qualidade de vida e de mortalidade prematura – o ruído. É cada vez mais evidente e urgente a necessidade de retirar o tráfego automóvel do interior dos centros urbanos e apostar nos transportes colectivos. É uma questão de ambiente, de saúde pública e sobrevivência.

in Newsletter Quercus

Sem comentários: