sábado, 19 de novembro de 2011

A alimentação dos portugueses

Confesso que estou um pouco preocupada com os hábitos de alimentação do nosso povo.
Hoje estava num conhecido supermercado e as 2 pessoas que estavam à minha frente tinham em comum as suas compras: pizzas congeladas e refrigerantes.É claro que duas pessoas não se pode considerar como amostra, mas esta pessoas são apenas o retrato do que vejo diariamente.

Não quero ser moralista porque nem sequer tenho formação em nutrição. Mas os meus pais, na educação que me deram, passaram-me valores neste campo que sigo quase religiosamente. São eles: comer sopa, comer vegetais, comer fruta, comer essencialmente carnes brancas, comer peixe (este é mais problemático) evitar alimentos processados e congelados.
Foi apenas a mim que me foi transmitido isto????
Que educação é/foi dada aos portugueses em termos de nutrição?

Para mim a alimentação é extremamente importante para o bem-estar e saúde.

A grande maioria de pessoas que conheço só dá importância à alimentação quando o médico impõe uma dieta ou precisam de seguir uma dieta para emagrecer. A minha visão é outra.
O combustível que colocamos todos os dias dentro do nosso corpo tem de ser de qualidade, senão mais tarde ou mais cedo, a máquina vai avariar e aí já pode ser tarde demais.
O que não falta actualmente são estudos que relacionam certas doenças com os hábitos alimentares.

Não deveria a correcta alimentação ser uma prioridade dos nosso currículos escolares, já que por si as pessoas não o fazem correctamente?

A foto deste post foi o meu almoço de hoje. Na empresa onde trabalho a minha comida é sempre vista como "estranha". Confesso que não sou grande cozinheira, por isso cozinho sempre refeições simples e saudáveis.
Utilizo muitos vegetais e como sopa e fruta todos os dias. Quase não como carne. Utilizo o wook para cozinhar com pouca gordura. Compro alimentos biológicos (especialmente frutas e verduras). Não sou perfeita. Adoro chocolate e doces. De vez em quando bebo uns copos.
Mas no meu dia-a-dia tento ser saudável porque o que eu como vai reflectir-se na minha saúde e a minha saúde não tem preço.

A carta do chefe indigena para o presidente dos Estados Unidos

Carta do Chefe Seattle ao Presidente dos Estados Unidos da América em 1854

Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa ideia parece-nos estranha. Se não possuímos a frescura do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los?

Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e insecto a zumbir são sagrados na memória e experiência de meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho.

Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos húmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem -todos pertencem à mesma família.

Por isso, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós.

Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar as suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz de meus ancestrais.Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.

Sabemos que o homem branco não compreende os nossos costumes. Uma porção da terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas, que possam ser compradas, saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.

Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda.

Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater das asas de um insecto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos.

E o que resta da vida se um homem não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro -o animal, a árvore, o homem compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda a vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também recebe seu último suspiro. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados.

Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos.

Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir. Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos.

O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo.

Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem as suas crianças o que ensinamos as nossas, que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.

Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.

O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.

Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos – e o homem branco poderá vir a descobrir um dia: nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem, e Sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. A terra lhe é preciosa, e feri-la, é desprezar seu criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejectos.

Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta densa, impregnados pelo cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam.

Onde está o arvoredo? Desapareceu.

Onde está a águia? Desapareceu.

É o final da vida e o início da sobrevivência.

Como é possível?

A maioria dos deputados da comissão parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local recusou uma proposta para que, nas suas reuniões, seja servida água da torneira.

A proposta baseava-se no facto de, entre Janeiro e Novembro de 2010, se terem consumido 35 mil litros de água mineral no Parlamento. Nestes período, foram para o lixo 45 mil garrafas de 330 ml, 2.000 garrafas de litro e meio e 78 mil copos de plástico. Segundo o jornalista Ricardo Garcia, do Público, a comissão pediu “um estudo para atestar o benefício ambiental de substituir este festim polímero por jarros de água e copos de vidro”.

Ainda segundo o jornalista, a Assembleia da República terá gasto 8.000 euros com a água engarrafada, quando a da torneia custaria 56 euros.

“A EPAL cobra ao Estado 1,4 euros por cada mil litros de água. Por este preço, compram-se apenas seis garrafas de litro e meio no supermercado. É difícil vislumbrar que argumentos mais, além de ornamentos retóricos, se encontrarão para encher as páginas do tal estudo financeiro”, explicou ainda o jornalista do Público.

Finalmente, Ricardo Garcia escreve que “optar por água da torneira deveria ser um acto administrativo, de bom senso na gestão, sem necessidade de estudos, propostas e respectivas aprovações”. E revelou-se ainda surpreendido “que tudo se passe na comissão parlamentar do ambiente”.

in Green Savers

Palavras para quê? São estas as pessoas que nos governam...

sábado, 5 de novembro de 2011

A economia da felicidade

Vivemos numa época de muita ansiedade. Apesar de uma riqueza total sem precedentes, existe uma enorme insegurança, agitação e insatisfação. Nos Estados Unidos, uma grande maioria das pessoas acreditam que o país está "no caminho errado". O pessimismo disparou. E o mesmo acontece em muitos outros locais do mundo.

Para contrariar este cenário, chegou a altura de repensar as origens básicas da felicidade na nossa vida económica. A implacável procura de rendimentos mais elevados está a provocar uma desigualdade e ansiedade sem precedentes, em vez de gerar mais felicidade e satisfação. O progresso económico é importante e pode melhorar, de forma significativa, a qualidade de vida mas apenas se for acompanhado pela busca de outros objectivos.

Neste aspecto, o Reino do Butão tem vindo a destacar-se. Há quarenta anos, o quarto rei do Butão, novo e acabado de chegar, fez uma escolha notável: o Butão deve preocupar-se com a "felicidade nacional bruta" e não com o produto interno bruto (PIB). Desde aí o país tem seguido uma visão alternativa e holística do desenvolvimento que dá ênfase não apenas ao crescimento económico mas também à cultura, à saúde mental, à compaixão e à comunidade.

Recentemente, dezenas de especialistas reuniram-se na capital do Butão, Thimphu, para analisar a experiência do país. Fui um dos anfitriões do encontro, juntamente com o primeiro-ministro do Butão, Jigme Thinley, um líder em matéria de desenvolvimento sustentável e grande defensor do conceito de "felicidade nacional bruta". O encontro teve lugar após a Assembleia-Geral das Nações Unidas ter emitido uma declaração em que pedia aos países que analisassem de que forma as políticas nacionais podem promover a felicidade nas suas sociedades.

Todos os especialistas que estiveram reunidos em Thimphu concordaram que é mais importante alcançar a felicidade do que o rendimento nacional. Analisamos a melhor forma de alcançar a felicidade num mundo caracterizado por uma rápida urbanização, pelos "mass media", pelo capitalismo global e pela degradação ambiental. Como pode a nossa vida económica ser reorganizada para recrear uma sensação de comunidade, confiança e sustentabilidade ambiental?

Aqui estão algumas conclusões iniciais? Primeiro, não devemos denegrir o valor do progresso económico. Quando as pessoas têm fome, não têm acesso às necessidades básicas, como água potável, cuidados de saúde e educação e não têm um emprego digno, sofrem. O desenvolvimento económico que alivia a pobreza é um passo vital para fomentar a felicidade.

Em segundo lugar, a busca incessante do PIB sem ter em conta outros objectivos não conduz à felicidade. Nos Estados Unidos, o PIB cresceu, acentuadamente, nos últimos 40 anos mas a felicidade não. Em vez disso, a busca única do PIB provocou elevadas desigualdades da riqueza e alimentou o crescimento de uma vasta subclasse, deixou milhões de pessoas na pobreza e causou uma séria degradação ambiental.

Em terceiro, a felicidade é alcançada através de uma estratégia equilibrada perante a vida, tanto dos indivíduos como das sociedades. Como indivíduos, somos infelizes se nos forem negadas as nossas necessidades básicas. Mas também somos infelizes se a nossa busca por maiores rendimentos substituir a nossa dedicação à família, amigos, comunidade, compaixão e equilíbrio interno. Como sociedade, uma coisa é organizar as políticas económicas de forma a aumentar os padrões de vida, outra, totalmente diferente, é subordinar todos os valores da sociedade à busca do lucro.

A política norte-americana tem permitido cada vez mais que os lucros empresariais dominem todas as outras aspirações: imparcialidade, justiça, confiança, saúde mental e física e sustentabilidade ambiental. As contribuições das empresas para as campanhas eleitorais minam, cada vez mais, o processo democrático, com a bênção do Supremo Tribunal dos Estados Unidos.

Em quarto lugar, o capitalismo global representa diversas ameaças directas à felicidade. Está a destruir o ambiente através das alterações climáticas e outros tipos de poluição, enquanto uma corrente implacável de propaganda da indústria petrolífera permite que muitas pessoas desconheçam esta situação. Está a enfraquecer a confiança social e a estabilidade metal, com a prevalência de depressões clínicas, aparentemente, a aumentar. Os "mass media" tornaram-se em locais de transmissão das "mensagens" corporativas. Os norte-americanos sofrem, cada vez mais, de vícios de consumo.

A indústria de "fast-food" usa óleos, gorduras, açúcar e outros aditivos para criar uma dependência pouco saudável dos alimentos que contribuem para a obesidade. Actualmente, um terço de todos os norte-americanos são obesos. O mesmo poderá acontecer no resto do mundo, a não ser que sejam restringidas práticas empresariais perigosas, como publicidade a alimentos pouco saudáveis e aditivos para jovens.

O problema não é apenas a alimentação. A publicidade contribui para outros vícios de consumo que implicam grandes custos para a saúde pública, entre eles, horas excessivas a ver televisão, jogo, uso de drogas, tabaco e alcoolismo.

Em quinto lugar, para promover a felicidade, precisamos de identificar muitos factores além do PIB que podem aumentar ou diminuir o bem-estar da sociedade. Muitos países investem na medição do PIB mas gastam muito pouco para identificar as causas da deterioração da saúde (como o "fast food" e o excesso de horas a ver televisão), a queda da confiança social e a degradação ambiental. Assim que entendermos estes factores, poderemos agir.

A procura louca pelos lucros empresariais está a ameaçar-nos a todos. Não há dúvida que devemos apoiar o crescimento económico e o desenvolvimento, mas apenas num contexto mais alargado que promova a sustentabilidade ambiental e os valores da compaixão e da honestidade necessários para a confiança social. A procura pela felicidade não deve ficar confinada ao belo reino montanhoso do Butão.

in Jornal de Negócios

Plastic State of Mind _Muito bom!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Mensagem positiva do dia



E como diria o Gabriel o Pensador:
"Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!!

The official meatrix

Eu não sou vegetariana, mas estou perto de o ser. [Tentei em tempos, mas falhei...]
Como pouquíssima carne, mas tenho algum cuidado com a carne que como. Regra geral a que como é biológica ou proveniente de quintas que sei como os animais são tratados e alimentados.
No vídeo podem ver a dura e cruel realidade de como são tratados os animais que comemos...
E que tal refazer os seus hábitos alimentares?