quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Somos o que comemos




"Somos o que comemos"- já dizia Hipócrates. Uma das frases mais certeiras de todos os tempos.
Já há muito tempo que defendo esta teoria e há muito tempo que me preocupo com o que como, mas depois de ter feito um curso de cozinha Ayurveda  consigo entender verdadeiramente esta expressão.

Mesmo aqueles que se preocupam com a alimentação cometem muitos erros alimentares. Percebi isso com este curso. Além de aprender quais são os alimentos que devo comer com frequência e os que devo comer menos frequentemente, aprendi que não devo comer sem fome e devo comer pouco. A necessidade de comer muito e estar cheio é um capricho da mente. A fome é também muitas vezes mental.

Quando perguntei ao chef de cozinha que deu o curso o que deveria fazer quando tivesse fome ele respondeu: "medita". Confesso que a mudança de chip me custou. Tive dias muito duros, qual viciada... Sofri de mau humor, ansiedade, dores de cabeça... E realmente cheguei à conclusão que somos viciados em comida. A maior parte do tempo temos "fome mental. Tentamos encher um vazio que é na realidade um vazio emocional criado pela frustração, tristeza, stress, etc... As mulheres são peritas neste campo... Hollywood convenceu-nos que um balde de gelado de chocolate resolve qualquer tristeza ou desgosto amoroso...

A boa notícia é que quando se consegue "domar" a mente tudo é possível. Quando se aprende a escutar verdadeiramente o corpo deixamos de ser reféns da comida e dos (maus) hábitos que a sociedade nos inculcou. 
Passar várias horas sem comer, comer pouco e ter energia, deixar totalmente o açúcar são coisas que eu não julgava possíveis, mas não só são possíveis como me melhoraram por dentro e por fora.
Melhorei a minha saúde, a minha energia e emagreci. Tudo graças a mudar o chip. 

O mais interessante é que depois desta mudança consigo perceber o verdadeiro impacto que os alimentos têm nas pessoas e não so a nível fisico. Percebo agora que o fast food e o açúcar ajudam a manter uma sociedade de cordeiros que não pensa "outside the box". Quanto mais puro o alimento, mais pura será a  mente. Uma alimentação mais saudável torna a mente mais rápida, ágil e capaz de se elevar. Enquanto que a alimentação à base de açúcar, refrigerantes e pratos preparados tem precisamente o efeito contrario. Percebi isso analisando as várias pessoas ao meu redor...

Eu estou extremamente contente por ter conseguido dominar a mente e não deixar que ela me domine a mim. Todos os dias o desafio se mantém, mas agora conheço as armas a utilizar nesta batalha. 
Muito sinceramente sinto-me mais feliz e livre com esta mudança. Espero que o meu testemunho sirva para convencer mais pessoas de que a mudança é possível.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Refrescar-se naturalmente em tempos de (muito) calor




No Verao, como é de esperar, disparam as vendas de refrigerantes e sumos embalados.

Os malefícios destes sao sobejamente conhecidos, embora a maioria das pessoas tente ignorar uma realidade muito grave.

O sumo embalado é apenas um extrato do que foi triturado, ao qual se adicionam ainda água, corantes, conservantes, açúcares e reguladores de acidez.

Os refrigerantes nao aportam nutrientes ao nosso organismo, apenas aportam muito açúcar (calorias vazias) e muitos corantes e conservantes que prejudicam muito a nossa saúde-um autentico veneno!

Os refrigerantes causam muitas das doenças do mundo moderno e se não fosse o poderoso lobby a que pertencem há muito que teria sido proibida a sua venda.


Infelizmente conheço muita gente viciada no que é para mim a água suja do capitalismo (também conhecida por Coca-cola). Já fiz a experiência de mostrar a colegas (em fotos e vídeos) a quantidade de açúcar que a Coca-Cola realmente tem e a verdade é que apesar do vício ficam bastante chocados com o que vêem.

Tenho pena que a maioria da humanidade viva imersa numa forte letargia que lhes permita reconhecer o que é bom e mau para si mesma( a vários níveis) e a continuar esta letargia pode conduzir-nos à extinção-uma extinção originada por nós mesmos.

Adiante. Para os que têm algo de consciência eu recomendo ter no frigorífico um chá frio (feito da maneira tradicional, com ervas e água a ferver, deixa-se arrefecer e vai ao frigorífico; um sumo espremido na hora e um batido de fruta. 


Na minha opinião, são as melhores formas de refrescar-se num dia muito quente de Verao com a vantagem de ser mais barato, ecológico e saudável.




segunda-feira, 30 de maio de 2016

Pequeno-almoço de campeões


                                    Morangos-Sumo de laranja natural-Oat meal- Omelete de claras

                                     Nota: Era fim-de-semana e a seguir fui ao ginásio :)

quarta-feira, 11 de maio de 2016

STOP TTIP & TTIP LEAKS





Cada dia que passa estou mais preocupada com a questão do TTIP. 


Já assinei todas as petições possíveis contra este Tratado, mas depois da divulgação da proposta por parte da Greenpeace, no passado dia 2, começo mesmo a ficar em pânico.




"A Greenpeace divulgou, no dia 2 de maio, documentos sobre as negociações confidenciais do TTIP, que denuncia as pressões exercidas pelos EUA sobre a União Europeia. A organização montou também uma sala para a leitura pública dos documentos confidenciais do TTIP, em frente à Porta de Brandemburgo, perto do parlamento e da embaixada americana.



Esta fuga de informação pretende pôr fim à falta de transparência das negociações, que duram há 3 anos. 


As 248 páginas do texto confirmam as pressões de Washington em reduzir os padrões europeus de proteção ambiental, de saúde e segurança alimentar. Os documentos mostram que os EUA querem dar mais poder aos reguladores europeus, em detrimento dos legisladores nacionais. Os documentos mostram, ainda, que “ambas as partes criam um regime que coloca o lucro à frente da vida e da saúde dos seres humanos, animais e plantas”, como, por exemplo, através do cultivo de transgénicos."





"O TTIP advoga o livre-comércio entre os EUA e a UE, apostando na eliminação de todo o tipo de barreiras legais, desde o direito de consumo às normas de saúde pública, passando por leis laborais ou ambientais, sem esquecer regulação censória na internet para proteger empresas de críticas e simplificar a utilização de dados pessoais para efeitos comerciais, só para citar algumas das áreas.




Prevê-se que, se for aprovado, tenha impactos relevantes na exploração mineira e agropecuária, na produção de energia ou na criação e gestão de serviços básicos e infraestruturas, pois a proposta de harmonização pretende nivelar por baixo, ou seja, pela permissividade. Além de normas tarifárias, o TTIP tem um capítulo específico sobre desacordos entre empresas e estados, sugerindo que os estados sejam obrigados a compensar investidores que vejam os seus lucros ser afectados por decisões políticas (com o aumento do salário mínimo)."
in TVI 24



É fácil perceber que este tratado em nada beneficia a UE, totalmente o contrário... Os beneficiários serão as grandes multinacionais que vão poder controlar todos os aspectos da sociedade...
O facto de estar a ser negociado em segredo só mostra que quem o está a negociar sabe que não é uma medida boa para os cidadãos... Mas ainda assim continuam as negociações... Que bons representantes temos (tom irónico)...




"Depois da divulgação dos documentos, o presidente François Hollande disse que não assinaria o acordo enquanto não sejam dadas garantias quer à agricultura quer às normas sociais do país. “Falo das normas sanitárias, alimentares, sociais, culturais e ambientais. Nunca aceitaremos que os princípios essenciais da nossa agricultura e da nossa cultura sejam postos em causa, em nome da reciprocidade e do acesso aos mercados públicos”, disse Hollande. " 


Se a França se insurge contra este Tratado há ainda uma réstia de esperança... 
Por favor inscrevam-se na plataforma contra o TTIP para que os nossos "representantes" vejam que os seus cidadãos estão atentos e que não podem negociar algo que não seja para o bem comum.

domingo, 24 de abril de 2016

A moda do armário-cápsula




Foi ao visitar o blogue Ecológica, quem? Eu? que descobri a tão famosa moda do armário-cápsula. Obrigada Catarina porque eu não fazia ideia de que isto existia!

Adorei o conceito e já estou a construir o meu próprio armário-cápsula!

Em que consiste o armário-cápsula?

A ideia consiste em construir um armário para cada estação em que só utilizaremos 33 ou 37 peças no total. Isto significa que uma vez que o nosso armário esteja completo, a única manera de adicionar novas peças é eliminar outras que já tenhamos.

Qual é o objetivo de um armario-cápsula?

– Comprar menos. Isto significa que quando tivermos o nosso armário completo não faremos compras por impulso.

– Esquecermo-nos da famosa frase “ não tenho nada para vestir”. Seguramente isto já aconteceu a todas mais que uma vez, ter o armário cheio de roupa, mas temos a sensação que não temos nada para vestir porque nada combina com nada. Num armário-cápsula tudo combina.
– Encontrar o nosso estilo e usar todos os dias roupa que gostamos realmente e que nos faz sentir bem.

Como criar um armário-cápsula

PASSO 1. Começamos por organizar o conteúdo do nosso armário, as peças que já temos. Divide TUDO em três grupos: a ropa que realmente gostas, aquela que não tens a certeza de querer manter e o que definitivamente não queres.

Peças que não queres: doa, vende ou oferece a una amiga.
Peças fora de estação que realmente que queres: guarda numa caixa até chegar o momento de utilizá-las.

PASSO 2. Escolhe as cores que vais usar, escolhe uma ou duas cores + uma cor base. O objectivo é conseguir que todas as peças do teu armário combinem pelo menos com duas outras peças mais. Escolhe também estampados que possam usar-se várias estações.

Se te faltam peças para completar o armário, é o momento de adicioná-las. Tenta comprar pouco e que seja roupa de qualidade.

PASSO 3. Usa todas as peças do teu armário durante a estação e não compres nada. Se algo entra, algo tem de sair.

PASSO 4. Umas semanas antes de começar a estação seguinte, planifica e compra o teu novo armário. 

É necessário renovar tudo? Claro que não! Podes utilizar as peças da estação anterior que quiseres.(quantas mais, melhor, lembra-te que a ideia é fazer menos compras).


Adorei a ideia! Associar o estilo ao minimalismo e tentar minimizar o eterno drama das mulheres que é o não ter nada para vestir e a compra de roupa por impulso! :)


Imagem retirada daqui

Movimento Zeitgeist






Recentemente deparei-me com este documentário que se revelou muito interessante e que me fez despertar o interesse por este movimento-Movimento Zeitgeist.


Concorde-se ou não com todas as premissas deste movimento, é bom ver que há novas formas de pensar para além das instaladas.


O Movimento Zeitgeist é um grupo explicitamente não-violento em defesa da sustentabilidade global, atualmente trabalhando em mais de 1000 capítulos regionais, em cerca de 70 países, ao redor do mundo. A estrutura básica do movimento consiste em Capítulos, Equipes, Projetos e Eventos. Em geral, os capítulos são essencialmente o que define o movimento, e cada capítulo funciona não só para difundir as raízes de nossos problemas sociais atuais, mas também para expressar soluções lógicas e métodos científicos que temos a nossa disposição para superar o atual sistema social, criando uma sociedade global verdadeiramente pacífica, responsável e sustentável. Trabalhando através de projetos globais e regionais de educação e programas comunitários, o objetivo intermediário é a obtenção de um movimento mundial, essencialmente unificando as pessoas, independentemente de religião, país ou partido político, com um valor de identificação comum que todos nós invariavelmente partilhamos, pertencente à nossa sobrevivência e à sustentabilidade.

O movimento pressupõe que a pressão da educação e do activismo gerado, juntamente com o sistema social fracassado, irão inibir e substituir as instituições políticas, comerciais e nacionalistas estabelecidas, expondo e resolvendo as falhas inerentes. É nossa opinião que os meios tradicionais da política e do comércio, como forças de mudança, não irão obter as metas necessárias para tornar o nosso sistema social sustentável e humano, pois estes nascem da mesma lógica falha que criou os problemas tais como estão.

Uma das propostas que acho muito interessante é ausência de dinheiro ou de sistema de mercado.


A teoria de mercado assume uma série de coisas que têm provado serem igualmente falsas, pouco benéficas, ou totalmente socialmente prejudiciais.
Os problemas principais a serem considerados são os seguintes:

A) A necessidade de "crescimento infinito", que é matematicamente insustentável e ecologicamente prejudicial. Todo o fundamento do Sistema de Mercado não se baseia na gestão inteligente dos nossos principais recursos finitos neste planeta, mas, sim, na extração e no consumo perpétuos dos mesmos, em prol do lucro e do "crescimento econômico". A fim de manter as pessoas empregadas, as pessoas devem consumir constantemente, independentemente do estado das coisas dentro do ambiente e, frequentemente, independentemente da utilidade do produto. Isto é exatamente o inverso daquilo que uma prática sustentável exigiria, que é a preservação estratégica e utilização eficiente dos recursos.

B) O Sistema de Incentivos à "Geração de Corrupção". Costuma-se dizer que o mercado competitivo cria o incentivo para agir em prol do progresso social. Enquanto isto é parcialmente verdade, isto também gera uma igual, se não, maior, quantidade de corrupção sob a forma de obsolescência planejada, crimes comuns, guerras, fraudes financeiras em grande escala, exploração do trabalho e muitos outros problemas. A grande maioria das pessoas na prisão, hoje em dia, está lá devido a crimes relacionados ao dinheiro ou a delitos não violentos associados às drogas. A maioria das legislações constituem-se no contexto de crimes de ordem financeira.




Vejam o documentário que vale a pena.



domingo, 17 de abril de 2016

A verdade que muitos desconhecem sobre Monsanto

Monsanto é uma das multinacionais do mercado alimentar que usa uma série de sementes transgénicas nos seus cultivos e também actua no mercado global de pesticidas.
Monsanto tem sido criticada por limitar a variedade de sementes e consequentemente os cultivos. 

Além disto, Monsanto esteve também envolvida nas seguintes acções e criações:
1. Esteve envolvida na criaçao da primeira bomba nuclear na Segunda Guerra Mundial e operou uma central nuclear na década dos anos 80 para o governo americano.

2. Em 1944 Monsanto iniciou a criaçao do DDT, um pesticida que depois se proibiu na Hungría em 1968, Noruega e Suécia em 1970, Estados Unidos em 1972. Durante a Convençao de Estocolmo em 2004 proibiu-se o seu uso em geral, uma vez que se acumula nos tecidos gordos e no leite e causa danos irreparáveis nos rins e fígado.

3. Durante a Guerra de Vietname, Monsanto foi uma das 7 empresas que forneceram o Agente Naranja ao governo dos Estados Unidos como parte do seu programa de Guerra Química. O governo do Vietname estima que devido ao Agente Naranja morreram 400.000 pessoas e nos anos seguintes meio milhão de bebés nasceram com problemas.

4. Somatotropina bovina (abreviado como BST), é uma hormona de crescimento artificial muito utilizada en Brasil, Estados Unidos e México. Foi proibida no resto do mundo, uma vez que está ligada a problemas de saúde (como cancro). A hormona é utilizada por Monsanto.

5. O uso do aspartame foi aprovado em 1974 e para 1998 era a principal causa de queixas relacionadas com aditivos. O aspartame causa dores de cabeça, diarreia, mudança de humor, vómitos, etc. e também está ligado a cancro e diabetes. Monsanto fundou a companhia NutraSweet em 1980 e gozou do monopólio dos venenosos adoçantes sem calorias vários anos.

6. Desde a década de noventa a variedade de sementes (e como consequência de cultivos) diminuiu 90% uma vez que Monsanto se dedicou a comprar todas as sementes e vender exclusivamente as que manipulou geneticamente. O problema é que não só Monsanto comprou grande parte das sementes orgânicas, mas também comprou as empresas que vendem sementes e assim se reduziu o número de sementes e de comida. 

7. A soluçao de Monsanto para a morte das abelhas nao foi analisar e renovar os seus métodos de cultivo tóxicos. Estes sao demasiado nocivos para a fauna que poliniza as plantas e com isso afectaram ecossistemas inteiros. Dedicaram-se à solução mais anti-natural possível: abelhas biónicas.

Será Monsanto a pior empresa do mundo? Para mim é uma das piores, sem margem para dúvidas. Mas ela existe porque nós o permitimos, comprando os seus produtos em vez de apoiar os produtores locais e orgânicos.

O problema é que não é fácil detectar os seus cultivos. Para evitar comer os seus produtos devemos tentar comprar apenas produtos orgânicos. Quase todos os alimentos processados têm produtos/ingredientes transgénicos, criados com químicos e pesticidas.
Uma vez mais alerto para o facto que é essencial "votarmos" com o nosso dinheiro.

Vamos gastar o nosso dinheiro em produtos ecológicos e locais de forma a que empresas como Monsanto percam cada vez mais mercado e tendam ao desaparecimento.


in Ecoosfera

Uma conversa de final de dia, entre um pai e uma filha de 12 anos, sobre o verdadeiro custo dos alimentos


Filha - “Pai, os alimentos produzidos com o recurso a pesticidas na agricultura convencional são regra geral mais baratos do que os alimentos de agricultura biológica, produzidos sem pesticidas. Porquê?”
Pai – “Sabes porquê?! Porque na fórmula de cálculo do preço desses alimentos mais baratos, entre muitas outras coisas, não entram os custos médicos relativos aos tratamentos de combate aos diversos tipos de cancros que poderás vir a padecer a partir dos 40 anos. 
Se entrassem, eles seriam muito mais caros. Hoje, quando alguém compra alimentos baratos produzidos com pesticidas, é como se estivesse a comprar a crédito.
Agora só paga uma pequena parte. Mais tarde a conta final acabará por chegar, sob a forma de mais químicos para combater as doenças provocadas por anos de acumulação de substâncias tóxicas no organismo".
Filha – “Mas os alimentos comercializados não são seguros?! Não existem leis e regras para evitar que as pessoas comam alimentos com pesticidas?!”
Pai – “Existem, muitas, tal como existem para os bancos, para os automóveis, para os medicamentos, mas depois na realidade não são cumpridas. Da mesma forma que existem estudos científicos e tabelas com os valores mínimos da presença de resíduos de pesticidas nos alimentos. 
Só que todos somos diferentes e cada organismo apresenta uma tolerância diferente a estas substâncias. Além disso, a ciência ainda pouco sabe sobre o efeito do cocktail de resíduos de pesticidas e aditivos alimentares que cada um de nós consome todos os dias, quando combinamos os alimentos. 
Mesmo que individualmente cada alimento cumpra a lei quanto aos resíduos de pesticidas, ninguém sabe ao certo qual o efeito do consumo regular deste cocktail de substâncias tóxicas na saúde dos seres humanos. 
A procura desenfreada pelo lucro parece superar todas as leis e regras que visam proteger os seres humanos".
Filha – “Mas isso significa que então muitas pessoas podem ficar doentes… e o planeta pode ficar doente também, a natureza, os animais, os oceanos… Essas pessoas não temem pelos seus filhos, pelo seu futuro?!”
Pai – Engole em seco, demora a responder, mas por fim diz: “Não te consigo dar uma boa resposta a essa pergunta… o que sei é que esse não é o futuro que eu quero ajudar a construir para ti. 
Também sei que eu e tu podemos fazer a diferença, escolhendo consumir alimentos produzidos sem pesticidas e mostrando a outras pessoas que também o podem fazer. 
Se conseguirmos que muitas pessoas assumam esta consciência, então estou seguro de que em conjunto podemos ajudar a construir um futuro alternativo, onde tu e as outras crianças possam existir, num planeta saudável, em comunhão com todos os outros seres vivos".

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Grande, enorme DiCaprio

O Óscar para melhor actor foi merecido, sem sombra de dúvida. Depois de 6 nomeações era quase obrigatório que Leonardo DiCaprio ganhasse o Óscar. 

Além de ser um excelente actor e participar sempre em bons filmes, parece-me ser um excelente ser humano, como ainda restam poucos, sobretudo no meio em que ele se move.

Aproveitar o discurso de vitória do Óscar para abordar um tema tão importante como o aquecimento global deixou-me muito feliz. É uma pessoa muito influente e respeitada com um impacto muito grande... 

DiCaprio és grande porque aproveitaste este tempo para chamar a atenção para uma causa tão importante em vez de falares do próprio umbigo, como faz a maioria...
Tenho a esperança que este discurso atinja o coração de muita gente e que se reflicta numa verdadeira mudança...

“Climate change is real. It is happening right now. It is the most urgent threat facing our entire species, and we need to work collectively together and stop procrastinating.”

“We need to support leaders around the world … who speak for all of humanity, and not those focused on greed. I thank you all for this amazing award tonight. Let us not take this planet for granted. I do not take this award for granted.”

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Land of confusion

Sim, estamos numa "land of confusion. É o sentimento que tenho ao ver notícias e ao debruçar-me sobre os principais problemas da Humanidade. A grande maioria tem solução se não existisse toda esta "confusão".




"Too many men


Too many people

Making too many problems

And not much love to go round

Can't you see

This is a land of confusion."




domingo, 14 de fevereiro de 2016

A problemática do óleo de palma

O que é o óleo de palma?
O óleo de palma e o óleo de palmiste são óleos vegetais obtidos do fruto da palmeira. Contabilizando 40% da produção mundial de óleo vegetal em 2012-13, o óleo de palma e os seus derivados são usados numa vasta gama de produtos de beleza, alimentos como cereais, refeições prontas e margarina, e em produtos domésticos de uso diário, desde velas até produtos de limpeza. É frequentemente denominado apenas como óleo vegetal, o que significa que nem sempre é possível saber que escolheu um produto com óleo de palma. Recentemente, o óleo de palma começou também a ser usado na produção de biocombustível.
A produção de óleo de palma apresenta um simples e catastrófico problema. Para produzir o óleo de palma, florestas tropicais são destruídas para dar lugar às plantações de palmeiras. Estas florestas têm sido o habitat natural de tribos antigas e muita vida selvagem por milhares de anos, e quando as plantações de palma chegam, a vida selvagem e as comunidades são deslocadas e morrem. 
Chris Wille é o Chefe de Agricultura Sustentável da Rainforest Alliance, uma organização que tem trabalhado por 25 anos para mostrar como plantações tropicais, incluindo plantações de palma, podem ser administradas de forma que minimizem o impacto ambiental e maximizem os benefícios econômicos e sociais. De acordo com Wille: “Os custos ambientais de substituir uma floresta tropical - o ecossistema mais biodiverso do planeta, hospedando metade de todas as espécies de animais e plantas - por uma monocultura intensa como a do óleo de palma são enormes.
Comunidades locais são expulsas de suas terras ancestrais e obrigadas a trocar sua cultura de caça a por uma nova vida, assim como os fazendeiros de palma por grandes empresas. A vida selvagem também sofre, já que não consegue viver na plantação. A expansão drástica do óleo de palma ameaça as espécies já em risco.”
As estatísticas são alarmantes. “A maioria das fazendas de palmeiras está na Malásia e Indonésia; estes países produzem 80% do óleo de palma do mundo,” diz Wille. “A Indonésia está perdendo um milhão de hectares de floresta tropical por ano, a maior parte para a mineração e extração de madeira da palmeira. A Indonésia possui apenas um por cento da superfície terrestre, mais 10% das espécies de plantas, 12% dos mamíferos e 17% dos pássaros. No ritmo atual do desmatamento na Indonésia, impulsionado principalmente pela palmeira, 98% das florestas do país terão acabado em 2022, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.”
Sumatra, uma ilha no ocidente da Indonésia tem sido particularmente explorada. Os tigres-de-sumatra são uma espécie ameaçada e as populações de orangotango-de-sumatra e orangotango-de-bornéu  desapareceram rapidamente. Em 1900 havia 315.000 orangotangos na natureza, agora há apenas 50.000. Especialistas dizem que as espécies podem ser dizimadas dentro de 12 anos se o desmatamento não for interrompido.
Os problemas não param aí. A produção em massa do óleo de palma também coloca os fazendeiros locais em risco, forçando-nos a competir por água e outros recursos naturais básicos, e o Departamento do Trabalho dos EUA lista o óleo de palma como um produto conhecido por ser associado ao trabalho infantil. Além disso, a emissão anual de carbono proveniente do desmatamento somente na Indonésia, muitos dos quais se originam da expansão da plantação de palmeiras, é maior do que as emissões de todos os carros, caminhões, aviões e navios juntos dos Estados Unidos.
Reduza o seu vestígio de óleo de palma
Você pode reduzir seu vestígio de óleo de palma optando por evitar produtos que contenham óleo de palma, ou escolhendo produtos que usam óleo de palma que foi cultivado sustentavelmente e que é livre de conflito. Confira os ingredientes na parte de trás das embalagens e lembre-se que o óleo de palma pode passar como óleo vegetal, e também aparecer como óleo de palmiste, palmitato e estearato de glicerina.
Existem muitos benefícios ao reduzir seu vestígio de óleo de palma, desde ajudar a preservar os habitats naturais de espécies raras até proteger os direitos humanos dos povos indígenas. Mas talvez o maior benefício de todos seja você enviar uma mensagem às empresas que ainda usam óleo de palma, que a destruição das florestas tropicais e seus habitantes tem que parar, e é responsabilidade deles também.
in Lush


domingo, 31 de janeiro de 2016

Semana de refeições completa


Aí está o resultado da minha tarde de Domingo... Já tenho o almoço para praticamente toda a semana (pequeno-almoço incluídos). Tudo feito com o apoio da minha nova amiga Lekué

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Reduzir embalagens #1


Condicionador sólido da Lush

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Planear as refeições







Tenho lido bastante sobre a importância de planear as refeições semanais. Tenho que admitir que é realmente útil para quem tem cuidados especiais com a alimentação. 
Eu levo todos os dias os meu almoço para o trabalho. Tenho cantina, é certo, mas não é muito saudável e não está adaptada a quem tem opções alimentares um pouco diferentes. Conseguir um prato vegetariano é quase impossível... Há que ter em conta também que a qualidade das matérias-primas utilizadas nem sempre será a melhor, pelo menos é o que me parece, pois das poucas vezes que  experimentei senti-me muito cheia e com dificuldades em fazer a digestão, coisa que não acontece quando sou eu a cozinhar.

Neste contexto, planear as refeições, assim como os ingredientes a utilizar é de grande utilidade por uma questão de gestão de tempo e dinheiro. Evita-se ir às compras e comprar  o que não se necessita, permite comprar as quantidades necessárias para que depois os alimentos não se estraguem e adaptar os pratos aos "restos" de comida que possam existir no frigorífico.
Como já referi várias vezes, não sou uma cozinheira espectacular nem gosto especialmente de cozinhar, mas a importância que a comida tem na nossa vida faz com que eu me esforce. Procuro receitas fáceis e intuitivas e utilizo bastante receitas de revistas especializadas. 
Para poupar e gerir correctamente o meu tempo, cozinho a grande maioria das refeições no fim-de-semana (resultado dos cozinhados de ontem nas fotos acima). Esta opção permite-me uma poupança em termos energéticos, pois cozinho tudo ao mesmo tempo e não preciso de cozinhar quando chego a casa à noite, já cansada...

Descobri também recentemente uma opção de pequeno-almoço muito interessante e que também permite poupar tempo pela manhã. Sao os chamados overnight oats... (foto da direita).

Os overnight oats são flocos de aveia que ficam durante a noite na frigorífico com outros ingredientes e, no dia seguinte, são uma óptima opção para um pequeno-almoço light e saudável. A receita simples pode ser feita em porções individuais, de acordo com a preferência de cada um, alternando camadas de frutas, iogurte, entre outros. Apesar do nome, a aveia não é obrigatória e pode ser substituída por outro cereal.

Além de ser uma opção de pequeno-almoço bastante prática, é também bastante saborosa.

Há vários sites com verdadeiras iguarias... É só procurar no Google ou Instagram...

Eu utilizei pudim de chia (leite vegetal com sementes de chia), fruta e granola e posso dizer que estava uma delícia... :)




domingo, 17 de janeiro de 2016

Food for thought

Sabia que...

A produção de 1 kg de carne requer 13.000 litros de água ?

Poupa mais água se não comer 450 g de carne de vaca que se não tomar banho durante 6 meses?

Necessita-se em média 28 calorias de energia de combustíveis fosseis para produzir uma calorias de proteina animal para o consumo humano,  enquanto que a produção de uma caloria de proteína vegetal para o nosso consumo só gasta 3,3, calorias de energia de combustíveis fósseis?

Fonte: Macrobiótica a Revolução Saudável

domingo, 10 de janeiro de 2016

Novo ano, vida nova?




Fonte: Daily Dawdle


Em primeiro lugar desejo a todos um Feliz 2016!  Que este ano traga as mudanças que queremos para as nossas vidas, afinal de contas tivemos todo um ano para pensar nelas, não é verdade?

O ano passado terminou com a cimeira de Paris, cimeira onde participaram 195 países. Esta elevada participação deveu-se à gravidade da situação actual do nosso planeta. 

Depois de anos de negociações um acordo histórico para conter o aquecimento global foi aprovado em Paris. Os representantes de 195 países disseram “sim” a um novo tratado internacional, que envolverá todas as nações num esforço colectivo para tentar conter a subida da temperatura do planeta a 1,5ºC. Se ao acordo for cumprido, estima-se que na segunda metade deste século o mundo terá praticamente abandonado os combustíveis fósseis e as emissões que restarem de gases com efeito de estufa serão anuladas.

A base do acordo são planos nacionais, a apresentar a cada cinco anos por todos os países, contendo a sua contribuição para a luta contra o aquecimento global. É uma abordagem duplamente diferente da que havia até agora na diplomacia climática. Não há metas impostas aos países, são eles que decidem o que fazer. E todos têm de participar, e não apenas os países desenvolvidos, embora estes tenham de liderar os esforços na redução de emissões de gases com efeito de estufa. 

É a primeira vez que surge um acordo internacional, com força legal, a vincular todos os países a fazerem esforços para conter as suas emissões. Um mecanismo de monitorização e reforço destes planos vai ser colocado em prática, para assegurar que o limite de subida dos termómetros não será ultrapassado. E os países desenvolvidos prometem ampliar a ajuda às nações mais vulneráveis.

Dos pontos essenciais do acordo, a referência ao limite de 1,5ºC é um dos principais avanços. Até agora, o que estava acordado internacionalmente era uma meta de 2ºC. 

As promessas de curto prazo, até 2030, já apresentadas pelos países põem, por ora, os termómetros rumo a um aumento de cerca de 3ºC. O processo de revisão previsto no novo acordo procurará aumentar a sua ambição. “O acordo sozinho não nos tirará do buraco em que estamos, mas faz que a subida seja menos íngreme”, entende Kumi Naidoo, da Greenpeace. “Com o Acordo de Paris, Portugal irá ter de rever também a sua política climática e energética”, sustenta a associação ambientalista Quercus, num comunicado. O Acordo de Paris contém partes legalmente vinculativas e outras que não o são. A elaboração dos planos nacionais e a sua monitorização e revisão, por exemplo, são mandatórias. Mas as metas ali inscritas, não. O texto do acordo foi cuidadosamente elaborado para evitar vinculações legais que obrigassem à sua aprovação por dois terços do Senado norte-americano, uma maioria impossível de se conseguir. O documento agora será aberto à subscrição formal dos países no dia 22 de Abril de 2016 – Dia da Terra. Para passar a ter força legal, tem de ser ratificado ou aceite por pelo menos 55 nações, representando no mínimo 55% das emissões globais de gases com efeito de estufa. As suas disposições só entram em vigor em 2020.
Fonte: Jornal Público

Quem me conhece sabe que não tenho religião, mas li recentemente uma leitura do Papa Francisco que me parece ser muito interessante e adequada à situação em que vivemos:

"Dado que tudo está intimamente relacionado e que os problemas actuais requerem um olhar que tenha em conta todos os factores da crise mundial, proponho que paremos agora a pensar nos diferentes aspectos de uma ecologia integral, que incorpore claramente as dimensões humanas e sociais".

Se tudo está relacionado, então a própria saúde humana depende da Terra e dos ecossistemas. Todas as instancias estão ligadas, para o bem e para o mal. 

Estas inter-relações sao importantes, todos nós estamos ligados entre nós e com a mãe Terra, por isso todas as leis e políticas criadas e aprovadas pelos governos deveriam ter em conta essas mesmas inter-relações porque muitas vezes as consequências não são imediatas e directas.

Quero ser optimista e pensar que realmente este é um acordo histórico, mas muito sinceramente parece-me que fica muito aquém das necessidades actuais. Há demasiados interesses no uso de combustíveis fósseis e há demasiadas empresas interessadas no lucro fácil, que não se preocupam com a qualidade dos produtos que vendem nem como estes chegam ao consumidor ou as consequências que pode ter no mesmo (vem-me à cabeça em especial Monsanto, mas isso ficará para um outro post).
Quero acreditar que o ser humano quer viver, que o instinto de sobrevivência é mais forte que a sede de poder...
Mas será realmente assim?

Não poderia deitar a minha cabeça na almofada todas as noite se não soubesse que faço os possíveis para ser o mais ecológica possível. Eu acho que estou neste mundo para torná-lo um pouco melhor e é isso que tento fazer todos os dias. Tenho esperança que o resto do mundo o faça também... Em 2016 e nos anos vindouros...