domingo, 19 de julho de 2009

Energia solar, uma alternativa ao petróleo


A fábrica portuguesa Covilis da Póvoa de Santa Iria, inaugurada na semana passada, e onde foram investidos 20 milhões de euros, vai produzir espelhos parabólicos para equipar centrais solares térmicas no Magrebe, Médio Oriente e sul dos EUA, essencialmente. Este tipo de espelhos interessa especialmente a espanhóis, franceses e alemães, apostados em correr de novo para o deserto, desta vez já não atrás do petróleo mas do sol.

Sonham desde os anos 70 com o plano de aproveitamento em larga escala do sol do deserto, com concentradores solares térmicos e uma tecnologia que transforma energia solar em electricidade (mas que não é fotovoltaica) transportada por grandes distâncias até ao Centro da Europa, onde será consumida.


O presidente da REN, José Penedos, admite estar em causa "o balanço das emissões de dióxido de carbono da Europa, especialmente da Alemanha". Este país precisa do seu carvão doméstico por muitos anos ainda para alimentar as suas centrais eléctricas, mas com a tecnologia do sequestro do carbono ainda longe de dominar, "a ponte faz-se apostando em novas tecnologias verdes com créditos de emissões associados", sublinha.
Diz Manuel Collares Pereira, investigador e fundador da empresa Ao Sol, que nesta "corrida ao deserto" os alemães já lideram, sobretudo nos sectores industriais dos espelhos e dos tubos de vácuo, e que esta aposta é "uma alternativa excelente à energia nuclear".

Lançado há vários anos pelo Clube de Roma, o projecto Desertec - promovido por uma fundação com o mesmo nome, ligada ao rei da Jordânia - é todo em muito larga escala: para enviar à Europa a energia de que esta precisa e de forma sustentável, está projectada a instalação de gigantescas centrais solares térmicas no deserto e que podem equivaler, em 2050, à superfície dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa.

Apesar de converter energia solar em electricidade, a tecnologia do Desertec distingue-se da tecnologia fotovoltaica, tendo assegurado que os níveis de perdas serão baixos. A energia será transportada em corrente contínua ao longo dos mais de 3000 quilómetros de trajecto, pelo que a perda de energia deverá ser inferior aos tradicionais um a dois por cento da muito alta tensão na Europa.

in Ecosfera Público

3 comentários:

Maria disse...

Na revista GINGKO deste mês li um artigo interessantíssimo e que me elucidou bastante acerca das energias alternativas, nomeadamente a energia solar. Entre outras coisas, fiquei a saber que Portugal está na vanguarda das energias alternativas e que a Central da Amareleja produz 93 mil MW de energia por ano, o suficiente para abastecer 30 mil casas. Para quem quiser, penso que ainda vão a tempo de ler a reportagem porque acredito que a revista ainda está nas bancas e, para além destes, tem também outros artigos relacionados com a sustentabilidade ambiental bastante interessasntes. Recomendo!

Ana disse...

Olá Maria.
Não conhecia esta revista,mas vi o website e parece-me muito interessante.
Tem uma secção ambiental que me interessou particularmente.
Deixo o link para visitarem:
http://revista.gingko.pt/#/1/

Muito obrigada por esta novidade.

Guakjas disse...

Sim!

Grande site xD

Eu já sabia aquilo que a Maria tinha referido e acho que ja te tinha falado Ana

Mas ficou ai o link!

Esta é de facto uma fonte de energia que na minha perspectiva deve vir "em massa" para as nossas casas! Alias agora até à normas que obrigam as casas que estão a ser construídas a ter painéis solares...

Beijos bom artigo ;)